20/09/2016

Teste seus conhecimentos - Indisciplina na escola (Aquino - bibliografia Diretor de escola)

1- (Vunesp/2014) Áurea Maria Guimarães, in Aquino (1996), contribui com uma reflexão que se inicia perguntando: “Será que a indisciplina e a violência são sempre indesejáveis, ou teríamos de considerar a ambiguidade desses termos?”. Esclarece que buscou, nas ideias de Michel  Maffesoli, “algumas noções referentes à violência, à ordem, à desordem, à lógica do dever-ser versus a do querer-viver, nas quais a ambiguidade aí presente, em vez de se mostrar como defeito, possibilita pensar a vida social, levando-se em conta a multiplicidade das situações”.

Concordando com o ponto de vista defendido pela autora, pode-se concluir que

(A) com o advento da escola de massas, existe um conjunto de histórias tão diversificadas que pode dificultar a socialização dos  alunos,  sendo  necessária uma ação de padronização ancorada no “deve ser”, nos objetivos iguais para todos para que, como nos velhos tempos, se alcance sucesso na formação de pessoas de bem e instruídas.
(B) é preciso encontrar equilíbrio entre os interesses dos alunos e as exigências da instituição e dar início ao despontar de uma solidariedade interna, que engendre uma luta pelo coletivo e crie uma comunidade de trabalho, flexibilizando o tempo e o espaço do território escolar e mantendo a possibilidade de dissidências e debates.
(C) é válido todo esforço para eliminar a tensão entre os comportamentos espontâneos, licenciosos, com os quais os alunos chegam, e a ordem do espaço escolar, a qual retrata e representa a ordem social externa, mesmo que para isso se faça uma experiência de “liberar geral” para que eles vejam as consequências e peçam as regras da instituição.
(D) quando há respaldo para implantar a “tolerância zero” para indisciplina e/ou violência, as discordâncias deixam de ser objeto de negociação, todos se unem em torno do que foi definido igualmente para o grupo, sem injustiças nem favoritismos; então as “panelas” se desestruturam, e o trabalho escolar, em torno do conhecimento, flui normalmente.

(E) o firme propósito de eliminar a indisciplina e a violência, ou de colocá-las fora do espaço escolar, abriu caminho para que os educadores escolares solicitassem a ajuda técnica de especialistas, seja para orientação e capacitação deles próprios ou para atender, individualmente, os alunos a eles encaminhados devido a seu comportamento discrepante mais grave.

2- (Vunesp/2014) França, in Aquino (1996), trabalha o tema da indisciplina levando em conta que a sociedade moderna transformou os interesses da esfera privada, ligados à sobrevivênciada  espécie,  em interesses coletivos, levando  a  um encurtamento do espaço público. Diante desse contexto, a autora propõe que a sala de aula pode e deve ser:

- campo político de conexão do homem com o mundo e se futuro: lugar  de  experimentar,  na existência de cada  um,  os  elementos  da  cultura:  saberes,  atitudes, valores, crenças e interesses;
- lugar de um trabalho infatigável para aprender a viver a vida inteira, transformá-la numa obra de arte, conferindo durabilidade ao mundo, avaliando as consequências dos conhecimentos construídos, no redirecionamento de nós mesmos e do mundo, visando a uma  certa perfeição. Isso tudo porque ela

(A) aponta a indisciplina como matéria do trabalho ético e político e a desejável disciplina como resultado dele.
(B) aponta a indisciplina que enfrentamos hoje como herança ética e política do período militar, isto é, revanche ao processo repressivo.
(C) entende a escola como um espaço neutro na política e na ética, terminando o direito de cada um onde começa o do outro.
(D) concebe a disciplina, que garante a ordem e o silêncio, como condição para que o aluno aprenda os conteúdos acadêmicos.
(E) aponta a disciplina como matéria do trabalho educativo familiar, berço da ética de cada um e fonte de modelos.

Gabarito

1- B
2- A

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