05/07/2019

SIMULADO sobre conhecimento pedagógico (Vunesp/2019)

1- Na teoria piagetiana, o conhecimento é concebido como uma construção. Esta construção é explicada através do processo de abstração reflexionante. Fernando Becker (2012) afirma que, para Piaget, a abstração reflexionante comporta sempre dois aspectos inseparáveis, dois processos complementares, denominados 

(A) pensamento e linguagem. 
(B) assimilação e estruturação. 
(C) reflexionamento e reflexão. 
(D) esquemas e estágios de desenvolvimento. 
(E) zona de desenvolvimento real e zona de desenvolvimento potencial.

2- De acordo com Hoffmann (2001), a elaboração e o uso dos instrumentos de avaliação revelam concepções metodológicas. Segundo a autora, os melhores instrumentos de avaliação são 

(A) os documentos utilizados para o registro do desempenho dos alunos, por exemplo, boletins, pareceres, fichas de comportamentos e relatórios finais. 
(B) tarefas avaliativas condizentes com o contexto de aprendizagem, somadas a registros descritivos sobre o “momento” em que o aluno se encontra. 
(C) inexistentes em uma escola verdadeiramente inclusiva, que respeita a diversidade, o interesse e o tempo de cada educando; os instrumentos de avaliação devem ser abolidos. 
(D) exclusivamente as avaliações escritas (provas e testes corrigidos com gabaritos) que permitem a atribuição de conceitos ou notas, gerando, posteriormente, médias aritméticas e registros classificatórios. 
(E) a observação e o diálogo entre o aluno e o professor, apenas. A observação de tarefas e manifestações dos alunos é considerada, em si mesma, instrumento de avaliação e, por isso, não requer nenhuma outra forma de registro.

3- Taille (in: LA TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992) escreve sobre o desenvolvimento do juízo moral na criança na Teoria de Jean Piaget. De acordo com os estudos piagetianos apresentados pelo autor, é correto afirmar que, ao discorrer sobre o desenvolvimento do juízo moral nas crianças, Piaget 

(A) confirma a existência de uma primeira fase de heteronomia no desenvolvimento do juízo moral nas crianças, a qual se traduz pelo realismo moral. A fase subsequente é a fase de autonomia moral, que consistirá na superação do realismo moral. 
(B) define as sanções expiatórias como aquelas sanções que se relacionam diretamente ao delito cometido; por exemplo, excluir do grupo alguém que mentiu, pois a mentira é incompatível com a confiança mútua. 
(C) confirma a existência de uma primeira fase denominada anomia, a qual se caracteriza pelo realismo moral. Este realismo tem como característica julgar pela intencionalidade daqueles que agiram e não pela consequência dos atos. 
(D) declara que sanções por reciprocidade é quando a qualidade do castigo é estranha àquela do delito, ou seja, não possui relação direta com o erro cometido; por exemplo, privar de sobremesa alguém que mentiu. 
(E) assegura que o desenvolvimento moral da criança depende da ação dos adultos. O professor deve ensinar uma moral precisa, a de sua sociedade, com exemplos e modelos; deve impor uma determinada moral e desenvolver na criança um espírito de disciplina, além de nunca abrir mão de sua posição de autoridade.

4- Neves (in: Veiga, 1995) afirma que um projeto político-pedagógico, entre outros elementos, explicita uma filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a clientela. De acordo com Neves, a construção de um projeto político-pedagógico supõe algumas etapas, são elas: 

(A) análise da situação; definição dos objetivos; escolha das estratégias; estabelecimento do cronograma e definição dos espaços necessários; coordenação entre os diferentes profissionais e setores envolvidos; implementação; acompanhamento e avaliação. 
(B) análise dos objetivos definidos pelas Secretarias de Educação municipal ou estadual, e ainda, pela legislação federal; atualização dos dados dos profissionais que atuam na escola e suas respectivas habilitações; atualização dos dados em conformidade com as informações apresentadas no CENSO escolar.
(C) avaliação do projeto político pedagógico do ano anterior; análise dos resultados das avaliações externas; verificação se houve alcance das metas estabelecidas pela Secretaria de Educação e pelo IDEB; definição de responsabilidades; apropriação das novas metas e prazos; implantação e verificação. 
(D) leitura do Regimento de escola; estudo e execução da proposta pedagógica definida pela Secretaria Municipal de Educação; análise dos resultados obtidos nas avaliações internas; levantamento de estratégias para melhorias na obtenção de resultados; encaminhamento para homologação em instâncias superiores. 
(E) convocação do Conselho de escola; convites aos pais, alunos e membros da comunidade local para discutirem sobre o projeto político pedagógico; realização de reuniões, debates, votações e assembleias; escrita do texto final pelo secretário do Conselho de Escola; aprovação pelo Secretário de Educação.

Gabarito

1- C
2- B
3- A
4- A

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