07/02/2018

SIMULADO - Conhecimento pedagógico e legislação educacional (Vunesp/2018)

1- (Vunesp/2018) Nos contextos urbano-industriais, a educação escolar é indispensável para todos os aspectos da vida social e tem como seu lócus privilegiado, a escola, a qual, segundo Arêas, pode ser entendida como espaço de garantia de direitos e compromissada com a formação do cidadão. O direito à educação, na legislação brasileira, consta no art. 205 da Constituição Federal (1988) e no art. 2o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN no 9.394/96, estendendo-se a todos e tendo por objetivo 

(A) o desenvolvimento psicomotor na primeira infância e à alfabetização e instrução dos seis aos quatorze anos. 
(B) a apropriação dos valores democráticos e das habilidades necessárias à inserção no mercado de trabalho urbano. 
(C) o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
(D) a aquisição de conhecimentos técnico-científicos necessários ao pleno desenvolvimento profissional do cidadão. 
(E) a formação do cidadão compromissado consigo mesmo, apto a enfrentar os desafios da sociedade burguesa.

2- (Vunesp/2018) Albano, coordenador pedagógico de uma escola pública de Ensino Fundamental, anos iniciais, propôs aos professores I, como um dos temas de formação continuada, o estudo do currículo com foco na valorização das diferenças individuais, de gênero, étnicas e socioculturais e no combate à desigualdade. Para isso, eles recorreram ao exame do art. 26A, § 2o , da Lei no 9.394/96 (LDBEN), de acordo com o qual os conteúdos referentes à histó- ria e cultura afro-brasileira e a dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo, em especial nas áreas de educação artística, literatura e história. A seguir, buscando ampliar sua pesquisa, os docentes recorreram, ainda, à análise de Resende, (In: Veiga, 1998), sobre a perspectiva multicultural no projeto político-pedagógico, verificando que as duas fontes se complementavam. Assim, conforme Resende, concluíram que, para não cair em condutas reducionistas, é preciso que a incorporação do multiculturalismo ao currículo se dê 

(A) mediante eventos programados, que não venham interferir na apropriação de conteúdos das disciplinas específicas. 
(B) por meio de um projeto semestral único, que possa garantir a aprendizagem segura de todos os demais conteúdos. 
(C) pela ação da escola de suprimir do currículo vários conteúdos, cedendo lugar para temas centrais do multiculturalismo. 
(D) a partir do terceiro ano do Fundamental, pois assim os alunos já têm prontidão para lidar com a desigualdade e combatê-la. 
(E) de forma que sua transversalidade possa perpassar os conteúdos tratados no cotidiano do processo de aprendizagem.

3- (Vunesp/2018) Aline, estudando para prestar concurso de Professor I no município onde mora, leu as obras de Fontana (1996) e de La Taille et al (1992). Seu interesse era aprofundar-se no tema “A mediação do professor, dialogal e problematizadora, no processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno”. Em Fontana, Aline verificou que essa autora, apoiando-se no pensamento de Vygotsky e Bakthin, mostra a importância social da escola e do trabalho pedagógico que, por meio de situações de aprendizagem em sala de aula, possibilitam processos interativos mediadores da aprendizagem dos alunos. Já na obra de La Taille, ela constatou que, para Vygotsky, o desenvolvimento humano como processo sócio-histórico ocorre por meio da mediação, pois enquanto sujeito de conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos, mas um acesso mediado, isto é, feito por intermédio 

(A) de atividades mentais que são controladas externamente pelo ensinante. 
(B) de atividades virtuais que expandem as possibilidades de aprendizagem. 
(C) da linguagem, que é algo complementar na formação do conhecimento. 
(D) dos recortes do real operados pelos sistemas simbó- licos de que dispõe. 
(E) de perguntas postas ao sujeito, conduzindo-o ao saber que já está nele

4- (Vunesp/2018) Lerner (2002) afirma que os lemas educativos “‘aprende-se a ler, lendo’ e ‘aprende-se a escrever, escrevendo’ expressam o propósito de instalar as práticas de leitura e de escrita como objeto de ensino”. Acrescenta que, apesar de estarem, hoje, muito difundidos, sua concretização na atividade cotidiana da sala de aula ainda é pouco frequente e que essa distância entre o que se tenta fazer e o que efetivamente se faz se deve, entre outras razões, a uma que é fundamental: 

(A) os conhecimentos prévios dos alunos das escolas públicas brasileiras a respeito das práticas de leitura e escrita são incipientes devido à falta de vivência delas no ambiente familiar, o que dificulta cumprir o lema. 
(B) a cultura de subalternização dos alunos na escola, com sua contrapartida de facilitar o trabalho dos professores com a obediência e o silêncio deles, inviabiliza as práticas de criação de textos orais e escritos em aula. 
(C) políticas públicas para capacitação dos professores das redes públicas de ensino, no quesito “didática da alfabetização” apoiam-se em pressupostos teóricos ultrapassados, vinculados à decodificação e às cartilhas. 
(D) não há clareza sobre o que é que se aprende quando se lê ou se escreve em aula, quais são os conteú- dos que estão sendo ensinados e aprendidos ao ler ou ao escrever e, esclarecer isso é imprescindível ao papel docente. 
(E) há uma rotatividade espantosa dos professores aos quais se atribuem as classes de alfabetização, pois há uma tendência a “fugir” dessas classes e deixá-las aos ingressantes que, com poucos pontos, ficam com o que sobra.

5- (Vunesp/2018) Sandra, candidata ao concurso público de professor, estudou o trabalho de Queiroz e Moita (2007) sobre as tendências pedagógicas que marcaram a educação brasileira: as de cunho liberal (a tradicional, a renovada e a tecnicista) e as progressistas (a libertadora, a libertária e a crítico-social dos conteúdos). Ela também estudou os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCNs (2000), e compreendeu que a partir dos anos 70 há tendências pedagó- gicas com um viés mais psicológico, outras com um mais sociológico e político, e que, a partir dos anos 80, há um movimento de integração entre essas abordagens, tendo como preocupação o domínio de conhecimentos formais pelos alunos, com vistas à participação crítica na sociedade, fazendo-se necessária, porém, uma adequação pedagógica às características dos alunos como sujeitos que pensam. Nesse momento, segundo os PCNs, o enfoque da educação está centrado no caráter social do processo de ensino e aprendizagem e é influenciado pela 

(A) psicologia comportamentalista. 
(B) psicologia sócio-histórica. 
(C) psicologia genética. 
(D) antropologia. 
(E) filosofia.

Gabarito

1- C; 2- E; 3- D; 4- D; 5- C.

Nenhum comentário:

Postar um comentário